sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

100 notes - 100 thoughts



Série de cadernos publicados na dOCUMENTA 13 de Kassel, ocorrida neste ano na Alemanha.
Os cadernos são compilações realizadas a partir de fac-símiles de notas manuscritas, livros de artista e ensaios realizados por 100 escritores, artistas, cientistas, filósofos e teóricos cujo trabalho tem uma ligação temática com a dOCUMENTA 13.





quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

aberto fechado: caixa e livro na arte brasileira


A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta a exposição "aberto fechado: caixa e livro na arte brasileira", com cerca de 90 obras realizadas pelos artistas Amelia Toledo, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Dias, Artur Barrio, Cildo Meireles, Ferreira Gullar, Hélio Oiticica, Jac Leirner, Luciano Figueiredo, Lygia Clark, Lygia Pape, Mira Schendel, Paula Gaitán, Raymundo Collares, Regina Silveira, Regina Vater, Ricardo Basbaum, Rubens Gerchman, Sérgio Camargo, Tunga, Waltercio Caldas e Willys de Castro. Entre as obras selecionadas para a exposição estão sete obras dos anos 1950, 19 dos anos 1960, 30 dos anos 1970, duas da década de 1980, oito, três e uma dos anos 1990, 2000 e 2010, respectivamente.  

Em sua primeira empreitada curatorial para um museu brasileiro, o crítico de arte e curador britânico Guy Brett propõe uma análise sobre um fenômeno comum na arte brasileira: o uso da forma-caixa e da forma-livro nas obras de artistas brasileiros a partir da segunda metade do século XX. Por que, em uma época em que os artistas estavam preocupados em tirar a arte das galerias e dos museus e lançá-la “à vida real”, eles se interessaram por esses veículos restritos, fechados e que fortemente remetem às bibliotecas a aos arquivos? “Acredito que essa pergunta, escreve Brett, seja a chave para entender as experiências e os insights únicos que a vanguarda brasileira tem a oferecer”. Para Frederico Morais, critico de arte, “as duas formas de arte tiveram seu primeiro impulso entre os últimos anos da década de 1950 e a primeira metade da década de 1960, influenciadas pelo neoconcretismo. Com efeito, a ousadia criativa dos neoconcretos, aliada à elaboração de conceitos teóricos inovadores, como o de não-objeto, formulado por Ferreira Gullar, construiu uma base sólida para os novos experimentos formais. Esses conceitos foram vitais: a obra de arte como um “organismo vivo” e a participação ativa do espectador”.

Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 2 São Paulo, SP 
De 20 de outubro de 2012 a 13 de janeiro 2013
www.pinacoteca.org.br 

Cildo Meireles, Estojo de geometria, 1977

 Antonio Dias, Solitário, 1979