sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Leila Danziger

Leila Danziger, nomes próprios (livro), gravura sobre papel e óleo de linhaça (48 páginas)


"Na série Nomes próprios, trabalhei meu próprio sobrenome encontrado no Livro da memória da comunidade judaico-alemã, a imensa listagem dos judeus assassinados no Holocausto. O que motivou o trabalho foi o desejo de dar materialidade a estes nomes, resgatá-los da morte anônima e serial, expressa pela repetição da palavra "verschollen" (desaparecido), à qual corresponde a maioria dos nomes. Desaparecido significa carbonizado, transformado em fumaça, disperso no ar. A série de gravuras e livros foi, portanto, a tentativa de humanizar os nomes, materializá-los, reinscrevê-los no tempo e no espaço, dar-lhes aquilo que perderam: Corpo."
[Depoimento da artista no catálogo Marcas do corpo, dobras da alma, XII Mostra da Gravura de Curitiba, 2000, organizado por Paulo Herkenhoff e Adriano Pedrosa.]